A CASA DO TAMBOR HOJE, ONTEM E AMANHÃ
Criada no ano de 2010, sendo parte de uma moradia pessoal, a Casa doTambor se fortalece cada vez mais coo Espaço de Arte na Praia do Laranjal, Pelotas/RS. Foi depois de uma viagem pelo Brasil (2013/2014), passando por todos os estados da Federação com o grupo de pesquisa “Alabê Ôni”, que o artista gaúcho Kako Xavier resolveu firmar a Casa do Tambor como reduto dos tambores que representam diferentes manifestações negras no Rio Grande do Sul.
A partir de 2015, se destaca a importância da participação e envolvimento da artista espanhola Maria Elvira (Mariazita), no processo de construção ideológica, cultural e pessoal do Espaço de Arte, também neste A Casa do Tambor foi abençoada pela Comitiva da Irmandade dos Quiquimbís de Mostardas/RS, grupo devoto de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, tendo como destaque a presença da Rainha e do Rei de Congo. Também o grupo de teatro da Escola Onze de Abril, com seus alunos e professores. O grupo esteve na Casa do Tambor com 24 integrantes.
Em 2016, com o surgimento do Bloco Tamborada, grupo cultural que tem como sede a Casa do Tambor, o espaço se fortaleceu com a participação e envolvimento de incentivadores, curadores e parceiros, momento especial destacando a Construção dos Tambores Artesanais. Kako Xavier fazia e lançava o Tambor Praieiro e se construi na Casa os primeiros 04 exemplares dos Tambores de Sopapo, hoje confeccionas no Atelier Tom Jobim, por MAurício Polidori e Rogério Gutierres chegamos a marca de quase 30 exemplares em plena atividade no Bloco Tamborada.
Em seguida foram inúmeras as visitas e atividades desenvolvidas pela Casa do Tambor. Teve a honra de receber a família do Mestre Batista, que tem homenagem continuada nas paredes do espaço, ao lado dos Mestres Griôs, Dona Sirley Amaro, Giba Giba e Dilermando Freitas. Também registramos a presença dos artistas Africanos, Sizaquel Matombe (Moçambique), Ìdòwú Akínrúlí (Nígéria), Chartwill Dutiro (Zimbabwe), Regino Matimbe (Moçambique) e Loua Pacom (Costa do Marfim).
De braços abertos para a educação, muitas escolas da rede pública visitaram e fizeram atividades com Kako Xavier e com os ensaios abertos do Bloco Tamborada, artistas como Leandro Maia, Gilberto Oliveira, Juliano Guerra, Da Viola, As Três Marias, Cardo Peixoto, Marquinho Brasil, Myro Rizoma, Paulo Gaiger, entre outros, passaram pelo palco da Casa do Tambor.
O espaço chegou em 2018 e 2019 realizando seu próprios projetos e encontros como o "Mostrança", África no Sul", "Virada Cultural", "Moz Brazil"e destaca o F I L - Festival Instrumental Laranjal. A Casa do Tambor se reinventa durante a pandemia e realiza o Projeto Salve Arte Festival, registrando e exibindo no formato de um programa de Web TV o Festival Virtual apresentando 24 espetáculos de diferentes linguagens em três edições (Agosto, Setembro e Outubro). É uma ação que vem agitando a cena da arte da Zona Sul de RS.